GUILHERME COSTA - DA UTI PARA AS OLIMPÍADAS

Guilherme Costa - Da UTI para as Olimpíadas.
Guilherme Costa descobriu o tênis de mesa no hospital, virou paratleta e vai para os Jogos Rio 16, a sua primeira paralimpíada. Ele foi o primeiro atleta amazonense a confirmar uma vaga para o evento esportivo mais importante do planeta. O mesatenista Guilherme Costa, de 24 anos, irá representar o Amazonas durante os Jogos Paralímpicos Rio 2016, que acontecem em setembro, aqui no Brasil. Desde a convocação, em março deste ano, Guilherme vem treinando incansavelmente com o intuito de chegar aos Jogos, preparado para arrematar uma medalha para o Brasil (e que seria inédita para o paradesporto amazonense).

Entre a correria dos treinos que antecedem o evento, o atleta conversou com a reportagem e falou sobre o que espera de um evento desta magnitude “no quintal de casa”. De volta ao Brasil após ser campeão no Circuito Mundial Paralímpico, na categoria individual e levar a prata na categoria com equipes, na Romênia, no mês passado, Guilherme ainda passou por uma maratona de treinos em Barcelona, na Espanha.

O amazonense disse que a dedicação nos treinos é cada vez maior nesta reta final de preparação. “Logo que recebi a notícia da convocação, demorei um tempo para assimilar o que estava acontecendo na minha vida. Depois que a ficha caiu, comecei uma maratona de treinos. Estou me dedicando como nunca me dediquei a mais nada na minha vida. Estou dando o meu melhor para chegar lá e executar tudo que sei, sem arrependimentos”, destacou o atleta.

Sobre a emoção em participar do primeiro evento olímpico da vida dele, Guilherme disse que o coração está a mil, porém, vêm recebendo acompanhamento de um profissional de psicologia esportiva para chegar na competição controlando bem as suas emoções. “Apesar de eu estar super ansioso, também estou bem ‘pés no chão’. Com a ajuda psicológica, tenho certeza que chegarei no dia apenas para executar o que venho treinando. Lá na Romênia, foi um grande teste, que se transformou em combustível para essa jornada até os jogos”, ressaltou o mesatenista que nesta competição na Europa, chegou a derrotar o 10º melhor atleta do mundo.

Ligação umbilical

Apesar de ter saído de Manaus com apenas dois anos de idade e ir morar em Brasília (onde ainda reside atualmente), Guilherme mantém contato com familiares da cidade natal e defende o nome do Amazonas com muito orgulho. “Sempre que posso vou à Manaus matar a saudade da família, pois sou muito próximo a eles. Ainda que tenha saído daí muito pequeno, minhas raízes estão aí. Gosto de tudo do meu Estado, da cultura, culinária e principalmente do povo, que é sempre tão hospitaleiro”, declarou o amazonense, que se declara “louco” por tambaqui assado.

Desde pequeno, Guilherme sempre foi ligado ao esporte. Dentre os preferidos e praticados estão futebol, capoeira, basquete e jiu-jítsu. Em 2006, ele sofreu um grave acidente: Foi atropelado por um veículo em alta velocidade e durante a recuperação conheceu o tênis de mesa. “No início era só uma forma de me distrair e ajudar no meu tratamento, todavia, as coisas foram tomando grandes proporções e hoje sou conhecido mundialmente pelo esporte. Dei uma volta por cima e hoje vivo para este esporte que me trouxe de volta à vida”, disse.

Superou uma tragédia

Em 2006, Guilherme sofre um grave acidente. Ele foi atropelado por um carro em alta velocidade em Brasília, quando atravessava uma faixa de pedestre. Diagnosticado com traumatismo craniano, fraturas expostas e duas paradas cardíacas, ele ficou paraplégico e passou dois meses internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Após sair de lá, o amazonense ainda viveu por seis meses dentro do hospital. Durante o tratamento, ele conheceu o tênis de mesa nas sessões de fisioterapia. Foi ai que nasceu a paixão pelo esporte. Atualmente Guilherme é um dos grandes destaques da Seleção Brasileira de Tênis de Mesa e uma promessa para os jogos paralímpicos.



Fonte: acritica.

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